As diretorias da Associação Comercial e Sincomercio e seus associados realizaram uma reunião virtual durante a segunda-feira (7) para avaliar e discutir a proposta feita através de indicação do Vereador Leandro Magoga (PSD) que sugere ao Prefeito e a Secretaria de Saúde de Santa Fé do Sul que dentro do possível faça um lockdown por 7 dias em Santa Fé do Sul, e estabeleça um plano de emergência para conter o avanço do número de óbitos, casos positivos e internações em Santa Fé do Sul.
O Vereador Magoga justificou sua proposta, baseando-se na falta de leitos existentes em Santa Fé do Sul e na região demonstrado pela superlotação registrado na entidade e também na UPA. A indicação tramitará na sessão ordinária de hoje, as 14h00.
Lembrando que indicação não tem força de Lei, é uma prerrogativa parlamentar que é levada para análise dos vereadores e enviada ao executivo e se assim achar plausível, atende ou não a solicitação de qualquer vereador.
No dia de ontem (7), após ouvir os comerciantes, Norio Kobayashi (Sincomercio) e Antonio Odival Martins (ACE) se manifestaram no final da tarde.
Para Norio Kobayashi, durante a pandemia o enfrentamento à Covid realizado pela Prefeitura Municipal, a Secretaria da Saúde e o Comercio “foi exemplar e coloca Santa Fé do Sul com índices absolutamente abaixo de todas as medidas de contaminações, internações e óbitos, que embora não sejam poucos, mas temos um resultado que na média é muito satisfatório.”
De acordo com o Boletim Epidemiológico de ontem, Santa Fé do Sul registrou 109 óbitos desde o início da pandemia, 4.206 casos positivos e 420 pessoas em tratamento, além de 20 pessoas aguardando resultados de exames. Santa Fé do Sul tem 10 leitos de UTI e 15 de enfermaria na Santa Casa (todos lotados) e 10 leitos de enfermaria na UPA (lotados).
Norio disse em pronunciamento, que o Sincomercio e a Associação Comercial se mostraram contrários às medidas restritivas adotadas pelo Governo de São Paulo, que segundo ele “não deram certo e mesmo assim o Estado tem media de mortes acima da média nacional”.
Norio Kobayashi reiterou que “falar em Lockdown é absolutamente inadequado e ineficaz, e que existem inúmeros estudos que dizem que lockdown não resolve e citou a cidade de São José do Rio Preto que decretou medidas radicais como fechamento do comércio e serviços que prejudicou inúmeras empresas e encerramento de algumas com mais de 40 anos de atuação no mercado e o resultado é que São José do Rio Preto lidera o ranking nacional de mortes. Contra fatos não existem argumentos, se lockdown fosse eficaz, Rio Preto e o Estado não estariam com esses índices elevador de óbitos por Covid”, afirmou o presidente da entidade.
“A Propositura do Vereador Magoga é absolutamente improcedente e inadequado, e lamentamos que as nossas propostas como a testagem da população não foram atendidas, pois vimos experiencias assim que deram resultado. Essa testagem poderia evitar que pessoas assintomáticas circulassem pela cidade sem saber que está com a Covid 19 e transmitindo para outras pessoas”, lembrou Norio.
Ainda em pronunciamento Kobayashi citou que “foi sugerido também pelas entidades representativa do comércio que a Secretaria da Saúde fizesse um acompanhamento mais próximo dos pacientes que estão confirmados positivo e que estes permanecessem em isolamento, e também desse um suporte à essas famílias com disponibilização de insumos para que permaneçam isoladas até o período de tratamento, mas infelizmente não fomos ouvidos”.
“O Comércio não pode ser vítima dessa medida (lockdown), pois mais uma vez seremos muito castigados, porque essa restrição não se mostrou eficaz”, disse mais uma vez Norio.
O presidente do Sincomercio ainda lembrou que encaminhou pedido ao Prefeito Municipal solicitando isenção, redução e parcelamento de impostos aos comerciantes que estão com dificuldade, não fomos atendidos e a proposta que vem do Vereador é a proposta de fechamento.”
O Presidente do Sincomercio voltou a reafirmar que “respeita o trabalho da Câmara e do Vereador Magoga, mas não podíamos deixar de manifestar antes da sessão camarária o nosso repúdio a proposta que é absolutamente inadequada.”
Antonio Odival Martins, Presidente da ACE pediu aos empresários que respeitem o limite de 40% de capacidade de receber clientes em seus estabelecimentos e assim evitem as aglomerações e previna o aumentem dos casos positivo na cidade de Santa Fé do Sul. “Desta forma poderemos prevenir a circulação do vírus, e evitaremos principalmente o fechamento de estabelecimentos que funcionam no período noturno (bares, restaurantes e similares). Esse é um pedido das nossas entidades”, disse Toninho.
