24/05/2020 08h40 - Atualizado em 24/05/2020 08h42

Delegado santafessulense Higor Jorge coordena produção de mais um livro.

A Obra literária refere-se ao "Tratado de Investigação Criminal Tecnológica"

O livro editado pela Editora Juspodivm, teve a coordenação do delegado de polícia Higor Vinicius Nogueira Jorge, considerado um dos precursores da disciplina “Investigação Criminal Tecnológica” no país.

A obra contou com a participação de autores brasileiros, em sua maioria delegados e policiais civis, considerados referências no cenário da aplicação da tecnologia na investigação criminal, além de autores da Espanha, Portugal, Argentina e Colômbia.

A apresentação foi realizada pelo delegado de polícia Emerson Wendt, que foi Chefe de Polícia da Polícia Civil no Estado do Rio Grande do Sul e  o prefácio foi elaborado pelo delegado de polícia Youssef Abou Chahin, que foi Delegado Geral de Polícia e atualmente é secretário executivo da Polícia Civil na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Sobre a nova produção literário no campo da investigação criminal tecnológica o doutor Higor  explicou que a sua atuação como delegado de polícia, dos auxílios que tive a oportunidade de prestar a policiais civis e federais e também integrantes de outras Instituições, além do contato com alunos e professores da Academia de Polícia, Ministério da Justiça e de algumas pós-graduações onde tenho apresentado aulas, passou a observar que os conhecimentos sobre tecnologia poderiam ser aplicados não apenas na investigação de crimes cibernéticos, mas poderiam auxiliar a investigação de qualquer tipo de delito. Passei a denominar “Investigação Criminal Tecnológica” a disciplina que aborda esse conjunto de ferramentas disponíveis aos policiais.

Higor Jorge também contextualizou sobre o tema: “Investigação Criminal Tecnológica é o conjunto de recursos e procedimentos, baseados na utilização da tecnologia, que possui o intuito de proporcionar uma maior eficácia na investigação criminal, principalmente por intermédio da inteligência cibernética, dos equipamentos e softwares específicos, que permitem a análise de grande volume de dados, a identificação de vínculos entre alvos ou a obtenção de informações impossíveis de serem agregadas de outra forma, da extração de dados de dispositivos eletrônicos, das novas modalidades de afastamento de sigilo e da utilização de fontes abertas.

O livro inclui em suas paginas o eixo de novas possibilidades de afastamento de sigilo e que foi elaborado por Marcus Vinicius de Carvalho e Robinson Fernandes que abordaram o afastamento do sigilo bancário, fiscal, bursátil e dados armazenados na nuvem. “Eu tive a oportunidade de escrever, juntamente com Emerson Wendt, capítulo sobre interceptação telemática de contas do WhatsApp (extrato de mensagens). Também constou capítulo de Alesandro Gonçalves Barreto e Karolinne Brasil Barreto sobre clonagem de conta no WhatsApp e caminhos para atribuição de autoria delitiva. Jorge Figueiredo Junior escreveu capítulo sobre tecnologia disruptiva e a investigação criminal. Eu escrevi em parceria com Hélio Molina Jorge Júnior, capítulo sobre afastamento do sigilo de usuário do Google e Apple.

O livro também traz informações sobre outros temas muito relevante para a investigação criminal, que contou com capítulo elaborado por Gustavo André Alves e Marcus Vinicius Lourenço que escreveram sobre extração de mensagens do WhatsApp. Luciano Henrique Cintra escreveu sobre criptomoedas e soluções para investigadores criminais. Rafael Velasquez Saavedra da Silva escreveu sobre tecnologia aplicada à inteligência policial. Joaquim Leitão Júnior escreveu sobre bioterrorismo, agroterrorismo e dimensão dos elementos informativos.

A obra "Tratado de Investigação Criminal Tecnológica" pode ser adquirida no endereço:

 https://www.editorajuspodivm.com.br/tratado-de-investigacao-criminal-tecnologica-2020 

O livro "Manual de Interceptação Telefônica e Telemática" pode ser adquirido em:   

https://www.editorajuspodivm.com.br/manual-de-interceptacao-telefonica-e-telematica-teoria-e-pratica-2020 

Recentemente o delegado Higor Jorge também lançou, juntamente com agente policial Adair Dias de Freitas Júnior e o investigador de polícia Oleno Carlos Faria Garzella, o Manual de Interceptação Telefônica e Telemática – Teoria e Prática, que segundo ele os co-autores possuem profundo conhecimento na área e apresenta objetivos, requisitos e aspectos gerais da Lei 9.296/96, colaciona jurisprudência relacionada com a temática, realiza abordagens de situações já vivenciadas de maneira bastante didática tanto para as operadoras de telefonia móvel quanto para os provedores de conexão e aplicações de internet.

No mesmo sentido, são apresentadas informações sobre a interceptação e o afastamento do sigilo dos dados na tratativa com empresas e oferece modelos das peças mais utilizadas, como: auto circunstanciado em interceptação telefônica; ofício requisitório de dados cadastrais; ofício de criação de login e senha de acesso e; representação por interceptação telefônica, afastamento de sigilo de dados eletrônicos e registro do Facebook, prorrogação de interceptação telefônica; interrupção de dados e afastamento do sigilo de dados eletrônicos em nuvem, dentre outros modelos. A obra objetiva fornecer aos integrantes da polícia judiciária informações sobre os procedimentos a serem seguidos na realização da interceptação das comunicações telefônicas e do fluxo das comunicações telemáticas.

A obra contou com prefácio do delegado Alesandro Gonçalves Barreto, que é coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública e apresentação do delegado Júlio Gustavo Vieira Guebert, que foi Delegado Geral de Polícia e atualmente é Diretor da Academia de Polícia do Estado de São Paulo.
(com Matéria publicada no site da Associação dos Delegado de Polícia do Estado de São Paulo)