09/07/2024 09h57 - Atualizado em 09/07/2024 09h57

Em 9 de julho lembramos da Revolução Constitucionalista de 32: Luta pela Democracia e a Constituição

Apesar da derrota militar,o movimento pavimentou o caminho para a convocação da Assembleia Nacional Constituinte e a promulgação da Constituição de 34

A mobilização foi massiva. Milhares de paulistas aderiram à causa, formando um exército de voluntários. No entanto, apesar do grande apoio popular, a Revolução Constitucionalista terminou em derrota militar para os paulistas em outubro de 1932. As forças federais conseguiram sufocar o movimento após intensos combates. “A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um marco na luta pela democracia no Brasil. Apesar da derrota militar, o movimento pavimentou o caminho para a convocação da Assembleia Nacional Constituinte e a promulgação da Constituição de 1934”, afirma Marco Túlio Elias Alves, advogado e autor do livro Primeiros Passos para Entender a História do Direito.

Embora os objetivos iniciais não tenham sido alcançados de imediato, a Revolução de 1932 teve um impacto significativo na política brasileira. A pressão exercida pelo movimento paulista levou Vargas a convocar uma Assembleia Nacional Constituinte em 1934, que resultou na promulgação de uma nova Constituição. Este avanço representou uma importante vitória moral e política para os revolucionários e para aqueles que ansiavam por um governo constitucional.

Anualmente, no dia 9 de julho, o estado de São Paulo comemora o feriado estadual em memória da Revolução Constitucionalista. Este dia permite lembrar o sacrifício daqueles que lutaram por uma ordem constitucional e para celebrar os ideais democráticos que guiaram o movimento. “A Revolução Constitucionalista de 1932 simboliza a resistência e a luta incessante pela justiça e pela democracia. É um capítulo importante da nossa história que deve ser sempre lembrado”, conclui Marco Túlio.

A lembrança deste movimento é fundamental para a construção da identidade democrática brasileira, reforçando a importância da participação popular e do respeito às leis e instituições. A Revolução Constitucionalista de 1932, embora uma revolta armada, foi, acima de tudo, uma reivindicação por um país mais justo e democrático.