30/09/2023 17h26 - Atualizado em 01/10/2023 05h22

Grupo Ambar Amaral no International Fish Congress & Fish Expo Brasil 2023.

Evento aconteceu em Foz do Iguaçu e movimentou mais de 16 milhões de dólares.

A Empresa santa-fé-sulense, “Grupo Ambar Amaral” esteve presente de 19 a 21 de setembro em Foz do Iguaçu participando da International Fish Congress & Fish Expo Brasil 2023.

Além da riquíssima exposição da cadeia produtiva do pescado, os organizadores promoveram rodadas de negócios entre 14 empresas brasileiras de nove estados e seis compradores internacionais da China, Estados Unidos, Uruguai e Emirados Árabes Unidos. O resultado, após 36 reuniões de negócios realizadas em apenas um dia, foi de R$ 81,221 milhões (US$ 16,475 milhões) em negócios gerados em até 12 meses.

Os diretores das empresas do Grupo Ambar Amaral, Ramon e Felipe disseram que o evento deste ano também contou com representantes dos governos, como o Ministério da Pesca, Apex e Embrapa, os quais em especial o Ministério da Pesca, que divulgou ações em andamento para capacitar, prospectar, impulsionar e fortalecer a aquicultura no Brasil, em todo o território nacional. “Nossas marcas Brazilian Fish e Rações Raguife, estiveram mais uma vez presentes em um evento de grande repercussão nacional e internacional, o que nos motiva continuar trabalhando pelo progresso da aquicultura, no nosso estado, na nossa cidade Santa Fé do Sul e também no Brasil”, disseram os diretores.

O presidente do IFC Brasil e ex-ministro da Pesca e Aquicultura, Altermir Gregolin, avaliou ao final do evento que os resultados mostram que o Brasil tem condições de ser um grande produtor e exportador mundial de pescado. “Há um Mar de Oportunidades pela frente. O resultado inédito da rodada de negócios reflete o amadurecimento da cadeia do pescado, cada vez mais competitiva e preparada para a concorrência no mercado internacional, além da competência da ApexBrasil na condução das negociações”, afirmou Gregolin.

O evento teve como objetivo impulsionar as exportações brasileiras de pescado e abrir novos mercados para os produtos brasileiros.

Pesca e aquicultura no Brasil e no mundo

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) – ONU), no comércio mundial de proteína animal, os pescados já são responsáveis por 49% de todo o business global, seguida pela bovina com 19%, suína com 18%, e frango com 11% dos valores no comércio mundial.

Ainda segundo a FAO, a produção global de pesca e aquicultura atingiu um recorde de 214 milhões de toneladas em 2020, compreendendo 178 milhões de toneladas de animais aquáticos e 36 milhões toneladas de algas, em grande parte devido ao crescimento de aquicultura, especialmente na Ásia. Das 178 milhões de toneladas produzidas em 2020, 51% (90 milhões de toneladas) foi de pesca de captura e 49% (88 milhões de toneladas) de aquicultura

Com exportações de US$349,6 milhões, o Brasil alcançou, em 2022, uma fatia de 0,24% do total global exportado em produtos de pesca, e apresenta um enorme potencial de crescimento. As vendas externas se concentraram nos Estados Unidos, atingindo 57% do total, seguido pela China continental, que assume 23% do valor exportado pelo Brasil. A maior parte dos produtos vendidos foram de peixes congelados (42%), seguido de crustáceos e moluscos (25%), e peixes frescos ou refrigerados (19%).

“Hoje o mundo importa US$ 143 bilhões em pescado e o Brasil participa com apenas 0,23%. Quando a gente compara com frango, o Brasil participa com 35% do mercado mundial, olha como podemos ampliar o alcance dos pescados”, destaca Laudemir. O gerente de Agronegócio da ApexBrasil destaca que o país tem as maiores concentrações de água doce do mundo, grande extensão marítima, além políticas de proteção de espécies e uma enorme biodiversidade. “Ou seja, inúmeras vantagens competitivas que nos dão oportunidade de ampliar a produção e a variedade de espécies, além de alcançar novos mercados”, conclui.

O IFC 2024 já tem data marcada  – de 24 a 26 de setembro em Foz do Iguaçu. (com IFCbrasil.com.br)