09/06/2016 21h17 - Atualizado em 10/06/2016 09h38

Jales / Advogado que matou Padula alega legítima defesa

Investigado usou como armas, uma caneta e um martelo para atingir o cliente

Ganhou repercussão nacional o homicídio cometido por um advogado da cidade de Jales a um cliente, um ex-vereador de São Francisco. Clayton Colavitte de 36 anos matou o cliente João Antonio Padula de 53 anos. O advogado usou uma caneta esferográfica e um martelo para tirar a vida do seu cliente e alegou legítima defesa durante depoimento ao delegado de polícia Sebastião Biazi. O advogado defendia a vítima em processos de crimes ambientais.

O caso.

Segundo os familiares da vítima, Padula saiu de São Francisco, onde morava, por volta das 18h30 para conversar com o advogado Clayton Colavitte na cidade de Jales. Preocupados com a falta de notícias, porque a vítima não atendia o telefone, por volta das 2h00m desta quarta-feira o filho se deslocou até Jales, no endereço do escritório do advogado onde a camionete estava estacionada. O filho disse que chamou pelo pai e o mesmo não respondeu, porque já estava morto.

Durante interrogatório o advogado disse ao delegado Biazi, que por volta das 2h00m entrou em contato com a esposa e contou o corrido e, em seguida comunicou o fato à um policial que mora no mesmo prédio onde fica o escritório do investigado e policial após constatar o crime comunicou o fato ao doutor Sebastião Biazzi, Delegado Operacional da Central de Polícia Judiciária de Jales que passou a presidir o inquérito do assassinato.

Versão do investigado

Em seu interrogatório Clayton Colavitte de 36 anos, disse que ele e Padula de 53 anos de idade iniciaram a discussão por desentendimento nos andamentos processuais que Colavitte defendia a vítima. Padula teria iniciado as agressões aplicando uma gravata no advogado que ato continuo se apoderou de uma caneta (bic) e atingiu o pescoço do seu cliente que mesmo sangrando continuou tentando agredi-lo. O advogado contou ainda que desferiu um golpe de martelo na cabeça da vítima que perdeu muito sangue e veio a falecer dentro do escritório.

Colavitte disse que entrou em choque após as agressões que devem ter ocorrido por volta das 20h00m, segundo a polícia e, que não conseguiu chamar por socorro para tentar evitar a morte de Padula. O advogado ficou sozinho junto a vítima até as 3h00m desta quarta-feira (9) quando chegaram os polícias e deram voz de prisão ao investigado.

Clayton Colavitte seria transferido para uma cadeia do estado maior (exercito ou da polícia militar) e de acordo com as leis vigentes ficará em cela especial aguardando as decisões da justiça. A polícia não divulgará o local onde o investigado ficará detido.

Os advogados de Clayton entraram com um pedido de liberdade provisória. O pedido está tramitando na 5ª Vara, cujo titular é o juiz Adílson Vagner Ballotti. Este foi o segundo homicídio no ano em Jaes.