24/02/2024 08h07 - Atualizado em 24/02/2024 08h07

MAPA: Veja quantas pessoas têm água, esgoto, banheiro e coleta de lixo na sua cidade

Dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE mostram como está o acesso a saneamento básico nos domicílios do país.

Novos dados divulgados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram como é o acesso ao saneamento básico e à coleta de lixo nos municípios do Brasil.

Os indicadores melhoraram desde 2010. O percentual de pessoas vivendo em lares:

com descarte adequado de esgoto subiu de 64,5% para 75,5;

com banheiro exclusivo (não compartilhado), de 64,5% para 97,8%;

com coleta de lixo, de 85,8% para 90,9%;

com ligação à rede geral de água (a forma mais comum), de 81,5% para 86,6% (incluídos os que não utilizam a rede como forma principal).

Ainda assim, em 2022, o Brasil tinha:

49 milhões de pessoas em residências sem descarte adequado de esgoto (24% da população);

18 milhões sem coleta de lixo (9%);

6 milhões sem abastecimento de água adequado (3%);

1,2 milhão sem banheiro ou sequer um sanitário (0,6%).

Em 2022, as formas consideradas adequadas de abastecimento de água eram: rede de distribuição (82,9%), poço profundo ou artesiano (9%), poço raso, freático ou cacimba (3,2%) e fonte, nascente ou mina: (1,9%).

São duas as formas consideradas adequadas de descarte adequado de esgoto: o esgoto que vai para as redes públicas de coleta (geral ou pluvial) ou para fossas sépticas ou com filtro, ainda que depois de passar por esses equipamentos não sejam destinados para essas redes. (veja aqui https://g1.globo.com/economia/censo/noticia/2024/02/23/mapa-ibge-saneamento.ghtml)

Outros dados do Censo 2022

As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que:

O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais;

O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros;

1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo;

O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas;

Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu.

Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos.

Após 50 anos, termo favela voltou a ser usado no Censo.