14/02/2019 11h42 - Atualizado em 14/02/2019 11h42

Três Fronteiras / Em nota oficial, SABESP diz que água atende todos os parâmetros de potabilidade

Piscicultor rebate acusação de responsabilidade dos tanques redes pela possível má qualidade da água da represa do Rio Paraná.

Nota Técnica qualidade da água distribuída a população de três fronteiras a SABESP

Através desta Nota Técnica vem informar que a água distribuída para a população de Três Fronteiras atende todos os parâmetros de potabilidade preconizados pela legislação vigente.

A água distribuída à população de Três Fronteiras é captada na represa de Ilha Solteira, e apesar de não ser o desejável, incidência de gosto e odor podem ocorrer neste tipo de captação.

A SABESP informa ainda, que às características da água da represa tem alterado a cada ano e que por estes motivos tem buscado o aumento de produção de água através da perfuração de poços profundos.

Já foram perfurados três poços, dois deles estão em operação e o terceiro poço está sendo equipado para entrar em operação em breve. Com este poço a captação da água da represa será reduzida pela metade.

Foram realizadas algumas alterações técnicas na Estação de Tratamento de Água, buscando inibir gosto e odor.

No entanto, para uma solução definitiva, serão perfurados mais poços até a desativação total da captação na represa.

Já está sendo licitada a perfuração de outro poço, com a sessão de licitação agendada para o dia 20 de fevereiro/2019.

Quanto à floração de algas, infelizmente este é um fenômeno natural que tem ocorrido em várias represas, esta floração ocorre devido à existência de nutrientes na água e a presença de luz solar, sendo que não dá para atribuir uma causa específica para este fenômeno.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp

 A reclamação

Moradores de Três Fronteiras denunciaram nesta semana uma possível má qualidade da água que chega nas torneiras de residências e comércios.

Segundo alguns moradores, a água estava com sinais de turbidez (escura) e com mau cheiro.

Em uma das reclamações em rede sociais, um morador escreveu que “todos nós somos responsáveis pela poluição do lago, o esgoto doméstico dos ranchos, as usinas da região, os defensivos agrícolas, e também a Psicultura, que com seus dejetos alimentam as algas que proliferam e dá mau cheiro na água”.

Ela afirma em seu post que “a SABESP, não está sabendo cuidar deste problema que surgiu com a proliferação das algas devido ao calor excessivo. Tudo bem! Agora nós da população que pagamos para consumir uma água de má qualidade? Ficamos como?

Psicultura rebate críticas

Em relação a Psicultura, o empresário Emerson Estes da Global Peixe, respondeu as reclamações que sugeriram alegando que as causas seriam os dejetos dos peixes criados em tanques redes.

Em resposta as acusações de que as pisciculturas são as responsáveis pela possível má qualidade da agua do reservatório, nesta região, Emerson esclareceu “que pode significar um conjunto de fatores que pode contribuir para a qualidade da água, e lembrou que houve uma grande proliferação de vegetações nas margens do rio, com a depressão do reservatório ocorrido há dois anos, e a decomposição dessa vegetação também pode contribuir para a possível queda na qualidade da água dos Rios, e também os fatores climáticos como a pouca chuva, o clima quente, que favorecem a proliferação das algas também é um possível fator que pode comprometer a qualidade da agua. A temperatura da água em janeiro chegou a 33 graus, algo pouco comum”.

Emerson garantiu que a psicultura não é a grande impactante na possível má qualidade da água, mas pode ser um fator contribuinte para isso, mas não se poder afirmar que é culpa exclusiva dos tanques redes, e concluiu dizendo que se a SABESP identificar que o problema é a psicultura, eu mudo de lugar imediatamente, sem problema nenhum”.